terça-feira, 31 de maio de 2011

Visto, Clínica Monteiro e bloqueio celular

Diário,

Ontem curtimos muito no Walkabout, entre tequilas, Corona amarga/quente e homens fedidos, nos divertimos bastante e voltamos bem para casa.
As meninas dormiram aqui e comemos pão na chapa antes de dormir!
Acordei hoje e o meu quarto estava todo arrumado, achei estranho porque não ouvi nenhum barulho de gente arrumando. Acordei achando que tava louca e que ninguém tinha dormido na minha casa. Pensei por um momento que tudo poderia ser fruto da minha imaginação, mas ai vi os lençois dobradinhos e percebi que não tava louca.

Almoçei e corri para resolver o negócio do meu visto. Mais uma vez me falaram para entrar num site e la preencher um formulário, disse que não sabia qual formulário seria e o atendente me disse que também não sabia. Assim fica complicado.

Fui de lá direto para o médico tentar resolver o problema dois: o reembolso da minha consulta. Esperei uma hora para o médico dizer que eu teria que esperar mais e perguntou se eu não preferia voltar amanhã, porque hoje a clínica estava muito movimentada.
Disse que voltaria na quinta.

Com o tempo meio apertado, decidi passar na 3 de Lewisham para tentar desbloquear meu celular. Cheguei lá e precisava do número, o meu número tá no meu aparelho que está bloqueado. Portanto, nada resolvido!

Mas pelo menos não passei o dia todo pensando em resolver esses três problemas.
Ah!, e descobri também um Dj Brasileiro que está fazendo muito sucesso aqui em Londres e também achei um estúdio com um tatuador brasileiro que ganhou vários prêmios.
O estúdio dele é em Covent Garden, vou tentar ir la sexta!

Agora estou assistindo "Britain's Got More Talent" e falando com a Sofia sobre Paris.

Estou ansiosa para a viagem!

É isso (por enquanto)


segunda-feira, 30 de maio de 2011

Costurar bandeiras, Walk About e ausência

Diário,

Hoje gastei o meu início de tarde costurando bandeiras na minha mochila. Minha mão tá até meio furada.
Acabou ficando legal, mas com cara de que uma pessoa que não sabe costurar costurou.
Faz parte!

Mais tarde vamos para o Walk About comemorar o meu retorno a vida boêmia. Meu Deus, 1 semana e meia sem beber em Londres é uma vida. Pelo menos deu para dar uma intoxicada.

Estamos entrando no penúltimo mês, Diário, vai ser difícil escrever aqui sempre.
O ritmo vai começar a acelerar igual ao início.
O tempo vai voar e eu não quero que voe.

Até amanhã.

sábado, 28 de maio de 2011

Macarrão, final Champions e Subway

Boa noite, Diário,

Não deixei nada ontem por aqui ontem não por falta de tempo, mas por ter esquecido mesmo.
O dia também não teve nada de especial. Digo, até teve. Teve uma tentativa de churrasco na escola. Tentativa, né? Sabe como é. Churrasco com cebola na grelha, mushroom e uma carne não tão boa. Vale sempre a experiência, maaaaaaaas.
Depois assisti "Remember me" e emendei na "Lista de Schindler", que parei nos 50min por falta de estômago para continuar. O nazismo me estraga, Diário, me deixa sem ar e com dor. Fiquei bastante triste e precisava me animar, ai vi um dos meus filmes preferidos : Procurando Nemo. Me fez um bem absurdo!

Hoje acordei na hora do almoço e como não gosto de pular refeições, tomei um café caprichado com pão na chapa com cream cheese, leite e iogurte. De almoço, fiz um macarrãozinho muito gostoso que ficou com o molho muito bem temperado.
Sai para ir pro centro encontrar as meninas e tentarmos achar um lugar cheio de torcedores para assistirmos a final da Champions League. No fim, fomos para o Hyde Park e o mundo estava lá menos o telão para ver o jogo. Tentamos achar um pub, todos lotados até a boca.
Paramos no Subway para comer na Oxford conhecemos um paquistanês muito do simpático que trabalhava por lá que deu até o telefone para as meninas dizendo que ajudaria para arrumar emprego! Gente b-o-a!

E foi isso, voltei para casa e agora estou aqui conversando com a Tetty, meu Deus, a história de vida dos outros me desperta uma curiosidade imensa, Diário.
Legal.

Até amanhã.
Ou n.




sexta-feira, 27 de maio de 2011

Chuva, filmes e loja Pet Mondo

Diário,

Hoje o dia se resumiu em chuva, vento, chuva, vento, pizza hut, UP, O Imaginário de Doctor Parnassus, pepsi quente e remédios.

Ah, eu também consegui falar finalmente com a Dani e ver a cara do novo namorado dela. O Filipi tem cara de ser bom. Tem cara de ser bom para ela. Tomara, né?

Eu continuo com o meu amor mesmo, que é para as coisas continuarem nos lugares certos. Nós nos damos tão bem, meu amigo, somos tão normais e especiais ao mesmo tempo. Nos gostamos tanto. Que ótimo!

O filme UP foi uma delícia de ver. Desenho é coisa que prende atenção da gente. E faz a gente chorar também.

O Carl e a Ellie, amor grande e bonito. Podiam ser os meus pais.

O Imaginário eu queria ter visto há bastante tempo, mas fui adiando, adiando e acabei vendo o HL aqui na minha telinha de 10 polegadas mesmo. Filme maluco. Falam que tem a cara do Terry Gilliam (o diretor), eu não sou amiga dele, mas se for seguir essa linha de raciocínio, ele deve ser meio biruta da cabeça.


A Pet Mondo é uma loja de animais no Shopping Morumbi em São Paulo e está rolando um reclame pelo Facebook que tem enchido a minha paciência e o pessoal tem falado o seguinte:

"NÃO COMPRE NADA NA LOJA, PET MONDO DO SHOPPING MORUMBI. Os animais ficam expostos na vitrine da loja sem agua. Os funcionários informaram que não podem deixar agua pq suja a vitrine. Hoje um filhote de labrador que via a vasilha de agua do lado de fora, latia e arranhava o vidro na tentativa de tomar agua. Após muita insistência com a proprietária a resposta: nao vou dar agua e pronto. Compartilhem!"

E eu tenho alguns problemas de desabafo, Diário, quem eu peguei para ouvir foi a Tatá. Falei tanto no ouvido dela, coitada.
Essa gente pensa que uma mensagem no Facebook vai fazer milagre. Deviam se mexer, né?

Até amanhã.


r.i.p, hl

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Parque, coca-cola e Pentland House

Diário,

No fim da tarde fui encontrar o pessoal no parque. Cheguei lá e estava: Pri (japa), Ale, Tássia, Humberts, Emmanuel, José, Abdala e o Arthur. Estavam todos meio bêbabos, afinal, estavam bebendo vinho desde as 14h. Maravilha, né? Eu acho.

Cheguei lá, conversamos um pouco, expliquei da zoister, brincamos da brincadeira do pato e eles continuaram bebendo. Blackheath é sempre lindo, Diário, cada vez aquele lugar me parece ter um brilho diferente.
Blackheath foi onde foram enterradas muitas das pessoas que morreram na época dos surtos de peste negra (por isso o nome). Sim, Blackheath é um cemitério. E lá embaixo deve ter tanta gente boa que o ambiente ficou como um lugar de paz. Os pais passeiam com as crianças, velhinhos com cachorros, jovens, loucos. Sempre tem gente boa por aquela região. Acho bonita essa sensação, essa sensação de não ver mais escuridão nem tristeza por alí. Deveríamos agradecer aos mortos por ceder-nos aquele espaço tão imenso bem em cima deles.

De lá fomos para a Pentland, minha futura residência. Lá parece um instituto de psicanálise. Branco, grande e cheio de doido. Mas é legal, é aconchegante e cheio de pessoas queridas. Ficamos infurnados por uns bons minutos no quarto do Manu. Os meninos ficaram tentando pilotar o helicóptero novo dele e do André. Pareciam crianças que bebem e fumam maconha.
Eu comi meu bom misto quente com uma Coca geladinha e depois um pote de abacaxi.
Ainda estou cuidando da saúde, Diário. Não posso bobear!

E quando estávamos de saída apareceu o Abdula "trajando" um figurino by Arábia. Ele disse sobre uma apresentação que vai fazer amanhã para sala.
Ai ai, a PL é um manicômio mesmo! Haha

Por hoje é só!

Amanhã tem mais!

Brigadeiro sem Toddy e fogão

Diário,

Hoje foi mais um dia tranquilo em Londres.

Está tudo lindo.

Minha ferida tá secando e já recebi um convite para um risoto mais tarde na casa do Alê.
A vida, aos poucos, vai voltar ao ritmo (que perdi completamente!).

Sinto-me, mais ou menos, curada. Uma dor aqui, outra alí, mas tudo certo.

Até fiz um brigadeiro hoje. Brigadeiro sem toddy. Onde já se viu. Nem sei se tem nome pra isso.
Ficou bom. Ficou com um sabor de leite condensado no fogo com manteiga, mexido com colher de pau.
Detalhe que era para ter coco nesse "doce", mas coco ralado em inglês eu não sei. Acabei aceitando um creme que quando abri aqui em casa parecia mais um sabão.
Preferi não estragar.

Depois dessa cagada, cozinhei uns legumes com filé de carne e comi com tomates frescos. Tava gostoso.
Limpei o fogão. O que me deu um grande alívio, porque sempre é a Geraldine que limpa. Não custou nada e a minha mão não caiu!

É isso.

Essa história do brigadeiro tá dando ibope no meu Face. Mal sabem eles que nem ficou tão bom assim!

Até mais.


Listinha de coisas que tenho que fazer:
- Exposição Royal Art.
- Ver sapatilhas Primark.
- Correr atrás de bons estúdios de tatuagem em Londres.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Tatuagens

Quando começo a plenejar tatuagens novas é que a minha saúde está voltando ao normal!



É, Diário, agora eu só preciso fazê-las.

Jardim e cozinha

Além de cama, Diário, nesses dias curtirei a cozinha e o jardim.

Tenho feito comidas ótimas!

E o jardim aqui é lindo. Merece um pouco do meu tempo também.

- Aventuras na cozinha:

. ingredientes para o molho

o prato pronto

- Fim de tarde no jardim:



Até mais tarde!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Clínica Monteiro e comidas saudáveis

Diário,

Hoje o dia foi um tanto quanto desocupado.

Acordei lá por umas 11h30 e desci para tomar café. Lá fiquei com a Geraldine, conversando uns bons minutos sobre o meu pescoço. Pães torrados, manteiga, queijo BabyBel e um leite batido com Nesquik sabor chocolate. Delícia!
Bem alimentada, coloquei uma roupa e parti para a Clínica Monteiro, uma clínica brasileira do lado da estação Oval (Northern Line). Esperei uns 30min e fui atendida. O Dr. chama Eduardo e não é brasileiro, não, mas fala um portunhol muito mais guês do que nhol. Nos entendemos e fim do diagnóstico: herpes zoister.
Aquilo que pensava mesmo.
Passou uma receita com 4 remédios, comprei e peguei o caminho da roça.
Parei na escola para deixar o atestado (de uma semana de descanso) com o David, ele como sempre muito cortez, me fez esperar mais de 20min pela sua ilustríssima presença. Pegou o Medical Certificate com uma cara de bunda e me devolveu com outra cara pior.
Depois de quase ter uma indigestão, dei um pulo no Sainsbury's e comprei comidinhas ótimas para o almo-jantar: salmão, arroz, legumes e algumas guloseimas como: salada de fruta (?).
Fiquei o dia todo em casa. Curtindo a cama e o meu computador, que serão a minha companhia por alguns diazinhos de repouso.

- Pratododia.




Desse jeito, vou melhorar mais rápido que imaginava!
Tomara!

Por hoje é só.

Fui!

domingo, 22 de maio de 2011

Niver Babi, hospital e mercado

Diário,

Hoje é aniversário da Babi e o dia foi gostoso.

Acordei e fui resolver as minhas coisas = hospital e compras no mercado.

Fui no hospital ver minhas bolhas.
Sai de lá mais ou menos diagnosticada com uma tal de herpes zoister, que me deu um grande susto, porque o que eu li da tal ontem na internet não foi brincadeira.
Resumindo, ela é como uma reaparição do vírus que causa a catapora, algumas pessoas que já tiveram catapora (no caso, eu) ficam com o vírus "dormindo" no corpo só esperando a imunidade abaixar para resurgir. E foi assim comigo. Acho que semana passada bebi demais, acordei cedo, comi não tão bem e acabou que saiu essa ferida nojenta.
A médica deu um antibiótico, mas não to querendo muito tomar. Amanhã de qualquer forma vou numa clínica brasileira para esclarecer melhor todas as causas e consequencias na minha cabeça.

Saindo do hospital passei no supermercado e comprei coisas saudáveis: uma garrafa e 2L de suco de laranja, pão integral, frios, manteiga, cream cheese, carne, arroz, salada, tomate, iogurte, leite, queijo e outras cositas más!
Eu quero ficar boa logo.
Não quero ficar fraca aqui longe dos meus pais. Tô fora!
Quero é minha saúde zero-bala de volta!

E terei!

A Rá também falou com o pai dela (médico e atencioso). Ele disse que não vou morrer e que posso ficar tranquila que as minhas bolhas têm tudo para não evoluir.
Confesso que estou bem mais otimista!

Vou falar com o André agora e depois esperar um pouco o Papis e a Mamis!



Até mais!

sábado, 21 de maio de 2011

Eu sou uma criança

Diário,

Eu sou uma criança.

As pessoas falam até que eu cresci, que eu estou mais madura e que já sei me cuidar sozinha. Mas na verdade isso é uma grande besteira, sabe por quê?

Porque eu choro de ver um comentário simples que o meu pai deixou para mim no "Faz-se vida em palavras".
Choro e pareço até um bebê.

Ele não deixou nada demais. Mas me deixou tão emocionada.
A minha Mãe sempre está pelo blogue deixando coisas lindas por lá, mas o meu Pai nunca entra e eu nem sabia que ele lia as besteiras que eu escrevia.

Ai, Diário, você acredita que ele lê? E ainda me deixou um elogio.
É tão importante ter essa "aprovação" dos pais. Em qualquer coisa que seja.
Dá um orgulho de ser quem eu sou. E ai eu choro de felicidade mesmo.

Eu devo todo esse amor que me faz escrever a eles.
Eu sou assim, toda melada de açúcar por causa deles.

Ufa!

Só isso.
Precisava dizer.


Obs: Esse meu sábado vai ser quieto. Estou preocupada com a minha alergia e não quero ficar saindo e expondo-a a sujeira, vento, sei lá. Vou ficar aqui em casa cuidando de mim.

Passou

Oi, Diário,

Para mim continua sendo 20 de maio, mas passou da meia-noite. Então...

Essa nota é só para falar que um dia de saudade é sempre seguido da vontade de ficar mais aqui.

Fomos agora a noite no Zero Degrees, um pub/bar que faz sua própria cerveja. É uma delícia e a pizza deles também é muito boa.
Fui eu, Ale, Tá e Pri. Foi muito gostoso, conversamos sobre coisas de meninas e foi muito engraçado.
Conhecer gente nova é assim: uma troca sem fim.
De experiências principalmente.

É isso.

Agora vou dormir com as minhas bolhas. Estou passando pomada. Elas devem melhorar logo.

Até amanhã (ou depois ou depois... ou depois).

- Esta foi a pizza de abobrinha que eu comi.
Tirei a foto para o André, que acha que eu nunca lembro dele nos lugares que eu vou:


sexta-feira, 20 de maio de 2011

Tem dia

Diário,

Tem dia que deveria chamar dia da saudade.

Dá um aperto no coração da gente que parece que se o tempo não passar morreremos por ela.

Hoje eu tô com saudade da minha vida no Brasil, da rotina que eu queria me livrar, da família, dos amigos, do namorado e dos programas que fazia por lá.
Tô com saudade do clima, da língua, do povo correndo com pressa no meio da rua.
Tô com saudade do porteiro e também do moço da padaria.
Da Paulista e dos botecos em Moema.
Do posto da Espraiada.
Do metrô, do Mackenzie e do chuveiro da minha casa.

Tem dia que deveria chamar dia da saudade.

Dia da saudade por ser um dia que eu tiro para sentir de novo todas as coisas que eu gosto (e as que não gostava) e que sinto falta.

Faz bem pra mim e faz bem para também minha memória.

Obs: Estou com um galo na cabeça que não é galo e com bolhas no pescoço, que segundo o farmacêutico, têm algo a ver com fungos. Que be-le-za.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fim de semana

Sexta: Tentamos ir para a Tiger Tiger, Raissa deu PT histórico.
Sábado: Passei o dia todo cuidando da princesa.
Domingo: Dia de relaxar olhando o céu cinza querendo se azular. Vendo o céu, a roda e o relógio.

Londres é bem maior se vista de baixo.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Johnny Depp e uma família de patos no mundo

(o blogger ontem estava fora do ar, só consegui postar isso hoje)

Diário,

O dia começou prometendo nada mais que o normal. Aulas entediantes, estresses com professor, almoço em algum mercado e cama. Tudo estava muito bem até irmos comprar nosso almoço no Sainsbury’s (uma rede muito grande de supermercados daqui). Bem até demais.
E comemorando essa normalidade que é sempre bem-vinda, avistamos uma família de patos. Muito da reboladeira, a mãe levava um bonde de três patinhos. Eles pareciam estar meio perdidos, mas até ai, eu também de vez enquando pareço. Quando eles dobraram a esquina e deram de cara com a avenida, não sabiam se recuavam ou se enfrentavam aqueles milhões de carros. A pata, por ser um pato, decidiu obviamente (pro nosso desespero) atravessar. Soltamos uns gritos aqui, outros ali e apareceu um santo homem para direcionar os bichinhos até um lugar seguro: uma loja de roupas (hãn?). Passou a pata, o patinho 1, o patinho 2 e o patinho 3 não conseguiu pular a sarjeta e já desesperado tentou correr pro caminho contrário. Eu, medrosa que sou, tentei por alguns segundos agarrar o patinho 3. Acabei vencendo esse trauma e deixei-o quietinho dentro da loja, junto da mãe e dos irmãozinhos. Eles ficaram na loja por aproximadamente 40seg, porque foi o tempo de terminarmos de atravessar a rua para vermos de novo os patos tentando encarar o trânsito. Foi foda. De repente começou uma mobilização bizarra de nós brasileiros. E foi uma missão, na verdade. Começamos a parar os carros, gritos para todos os lados “Don’t move your car, please”, “Olha o pato!”, “Ele tá aqui!”, “Corre!”, “Peguei um”, “A pata já foi”, Peguei outro” , “Falta só um!”. Até percebermos que estávamos em mais de sete pessoas para tentar pegar um patinho que resolveu brigar de pega-pega embaixo de uma vã branca no meio da rua. Levamos muitos olés desse último pentelhinho, mas a Mônica conseguir pega-lo de jeito e tudo ficou bem. Entregamos todos para o dono dos patos (que é mais pato por ter os deixado fugir). Sou mais importante hoje. Somos todos, porque quatro vidas ainda estão aqui nesse mundo e isso é ótimo.
Como se não bastasse esse evento logo antes do almoço, depois de comermos seguimos direto para o Shopping Westfield para a premiere de Piratas do Caribe. Eu de início não queria ir e o Humberto custou para me convencer que valia a pena. Eu fui pelo pessoa que foi, afinal, o evento em si não tinha risco de dar errado. Eu achei que seria um grande mico, confesso, mas tudo foi uma grande surpresa. Chegamos e nos instalamos no mezanino do lugar que seria o “desfile” do elenco. Eram umas 16h e o shopping já estava bombando de fãs e de um apresentador um tanto quanto inconveniente que repetiu até o início 42 vezes fatorial que Penélope Cruz e Johnny Depp estariam lá (obviamente, babaca, aquela multidão era provavelmente só por causa deles, ok?). O tempo foi passando e a gente cansando. O JD apareceu antes do esperado, eu depois de vê-lo a uns 20m de distância já estava suficiente feliz e extasiada. A PC entrou bem depois, num longo rendado e um cabelo bem liso (Po, Pê, podia ter lançado umas ondas no cabelo e um vestido mais ousado!). Que seja, gritamos, rimos e desencanamos de nos enfiar na multidão. Tinhamos visto os principais e todos já se deram por satisfeitos. Os meninos começaram toque de recolher e começamos a ver uma movimentação atrás de nós (atrás mesmo, perto), onde tinha uma escada rolante que boatos rolavam afirmando que o elenco passaria por ali “Magina que passa, não tem nem segurança”, “O JD já deve tá comprando a pipoca”, “Eles já foram embora”. Entre tantos pensamentos positivos, agüentamos firme e eles passaram. Lindos, elegantérrimos e a dois 2m de nós. Foi lindo. Foi muito bom ter chegado até aqui. Não que eu seja uma fã louca, uma JD Nerds, mas porra, era o Johnny Depp a 2m da minha pessoa em uma premiere num shopping em Londres. Sabe? Eu sei.
E o meu dia terminou assim. Com uma sensação de “eu tenho sorte” e de gratidão por poder estar aqui não só estudando, ou salvando patos, mas também chegando perto de alguns grandes ídolos.

E que venha o Harry Potter.

Por hoje é só.





Obs: E eu não sei o que esta acontecendo que eu estou babando muito. Não de escorrer, mas de cuspir mesmo quando falo. Coisa de gente estranha isso.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Achado

Nós ontem na residência durante a dose dupla de comemoração.

Afazeres da semana/maio

1. Ir ver se tem quarto disponível na Pent Land em junho. - OK
3. Fechar acomodação em Roma e Barcelona. - OK
2. Imprimir o meu e-ticket de volta e ir na polícia falar sobre o meu visto. -OK
3. Não deixar de ir numa exposição de fotos de viagens pelo mundo na Royal Geographical Society.
4. Levar a Raíssa no concerto de música reggae que vai ter dia 29 (aliás, preciso comunicá-la desse evento nesse instante). - OK

Conforme for fazendo, ticarei aqui.
Esse post na verdade servirá de lembrete.


Primeiro

Oi, Diário,

Você vai chamar diário mesmo. Não pensei num nome melhor. Até porque mesmo se tivesse pensado, não falaria pelo único e exclusivo motivo de não querer dizer.

É, Diário, eu sou muito burra.
Eu decidi te criar só agora por falta de tempo. Falta de tempo e fé de que a agenda que eu comprei renderia bons textos. Não rendeu.
Agenda é difícil, tem pouco espaço. Ela ficou mais de porta papéis importantes. Importantes para mim, é claro.

Hoje, sendo o dia que é, marca eu acho mais ou menos o meio do meu intercâmbio.

Quanta coisa eu já passei.
Quantas pessoas já passaram.

Acho que esse post de hoje pode ser uma retrospectiva, o que você acha?
É. Posso dar uma recapitulada nas coisas que aconteceram, mas assim bem por cima. Para eu não cansar e nem você.
Acho que preciso fazer isso, sabe? Porque depois quando eu estiver no Brasil, a primeira coisa que eu vou fazer (quando eu não tiver nada para fazer, obviamente) é ir para o primeiro texto para lembrar de como você nasceu.
E ai não vou só lembrar da vontade que tive, mas também do que eu senti.

Vamos lá.

Hoje eu moro na Pitfold Road, 12 em Lee. Bairro perto da escola. Aqui é muito bom, moro com a Geraldine e com a Sasha, venezuelana gente boníssima que tem encrenca com o Chávez. A Geraldine é um anjo. Toca piano, cuida do jardim e da Treasure, a nossa gata preta.
A Treasure é uma gata muito da folgada que gosta de entrar no meu quarto, subir na minha cama, pisar no meu computador e comer a minha Pringles. Desde o início a Geraldine me disse que teria que ter cuidado com ela quando se trata de ataque a latas de Pringles. A Treasure gosta de queijo também. Odeio suco de laranja e a porta do forno/fogão. Ela come uma comida que parece patê de atum e eu morro de vontade de provar. O Ale, amigo de São Paulo, disse que não teria problema tentar. Eu não acredito.
Mas antes de morar aqui, Diário, eu passei por bons perregues. Na verdade, um só. Que graças a Deus teve início e fim (o meio eu prefiro nem lembrar). O pesadelo tinha nome(s) e endereço. Eu morei por um mês na Penerley Road, 39 em Catford. A única coisa boa que tinha lá era o night bus, que me deixava bem perto de casa depois da noitada. De ruim, não cabem nas mãos. Eu morava com cinco pessoas: Mary, Henry, George, velhinho (que eu já esqueci o nome) e o José (intercambista como eu, mas nascido no México). A Mary era bem louca. Além de não cozinhar muito bem ela reduzia nossa dieta à ervilha, batata e ervilha e batata. Como se não bastasse esse vasto cardápio, ela ainda colocava uma miséria. Ela nunca me fez nada, mas fez muitas coisas ruins contra o José e eu resolvi pular fora também por causa disso. O Henry, era o host-brother de 20 anos, ele calçava 47, altérrimo e magro também. Ele fumava muita maconha e a Mary ficava aos berros com o Gleid pela casa. O Simon (era o velho, acabei de lembrar o nome), era uma mosca morta coitado. Velhinho mesmo, não saia da cadeira de balanço e ficava vendo TV o dia todo. Só ouvia a voz dele quando ligava avisando que não ia jantar e ele atendia. Eu nunca entendi muito bem essa família. Desestruturada, a Mary toda bonitona e o Simon nas últimas. Eu não sei viu, pode ser droga, pode não ser. Eles eram uma família de músicos, então acredito que eram todos meio "porra loca". Voltando ao Henry, além de fumar muita maconha, ele fazia festinha com os amigos loucos umas 2 vezes por semana. Acho que aquilo era um tipo de ensaio, não sei. O George vivia no quarto, fumando ou transando. O José já ouviu e sentiu ambas as coisas. Eu não gosto muito de lembrar daquela família. A cozinha tinha umas macumbas. Não gosto mesmo. Eles eram loucos.
Depois que sai de lá, fui para casa da Isabela que deixou Londres no dia que eu mudei para lá (Baring Road, 125 - Lee). A família era uma delícia. A Anne, host-mom, era um anjo e sempre me perguntava como eu estava. Fazia comida gostosas e colocava tanto, mas tanto no prato, que nenhum dia eu consegui terminar. Foi uma fase boa. Fase de pegar o ônibus no ponto do outro lado da rua. Fase de dançar Zeca Pagodinho sozinha no quarto e ouvir comentários como "Essa menina tá sempre cantando". Eu fui feliz lá. Mas a liberdade que eu tava buscando num intercâmbio ainda não tinha encontrado lá. Eu não podia cozinhar. Era, querendo ou não, como uma estranha invadindo a rotina de uma família. Eu nunca gostei disso. Corria risco de chegar bêbada de manhã e encontrar o host-dad (que eu não lembro o nome) tomando café, sabe? Isso não é legal. Porque não é a minha família, eles não me conheciam e podiam pensar muitas coisas ruins ao meu respeito. Eu nunca gostei de me explicar. Faço isso com meus pais do Brasil, com o meu namorado. Agora dar satisfação ou qualquer coisa do gênero para host-parents, não faz para mim o menor sentido!
Por isso e por não estar esbanjando dinheiro por ai, resolvi mudar de host-family para um flat ou para a Pent Land House (um pensionato em Lee Green, que mudo em junho).
As experiências a procura de um flat foram impagáveis. Passando por uma maria sapatão chamada Isabel, até uma mulher louca que tentou me alojar numa host-family colombiana com um quarto sem móveis. Por isso eu aconselho agora: não procure flats nos anúncios da Eurocentres Lee Green.
No tempo que eu fiquei procurando o flat, estava morando aqui com a Sasha. O quarto dela é imenso e pude ficar com uma das camas por uns 5 dias. No tempo que fiquei aqui, a Geraldine disse que uma amiga dela estava livrando o outro quarto. Me ofereceu o lugar e eu NÃO pude deixar de aceitar.

Essa é mais ou menos uma retrospectiva das mudanças importantes que aconteceram por aqui.
Além de mudanças, passei por destinos como Edimburgo, Dublin, Praga, Viena e Berlim. Aprendi muito e aprendo ainda com tudo que cada lugar fez comigo.

Agora ficarei durante dois meses por Londres. Economizando grana para a viagem em julho, me preparando para a chegada do André e curtindo a rotina gostosa que eu tenho por aqui.

É isso.
Até a próxima.

obs: Preciso falar de uma coisa importante. Uma não, duas. Hoje é aniversário do Humberto, garoto de Recife muito do metido e do simpático. Ele tem os defeitos dele, mas é bom e merece sem dúvida muitos anos de vida cheios de saúde e paz. Ontem o Bader recebeu um e-mail do reitor de Oxford falando sobre a sua aprovação no exame e sobre o início das suas aulas. Estamos felizes por ele, Diário, ele merece muito. Estudou muito para isso. Ontem comemoramos com todos os tipos de drinks esses dois fatos. E foi divertido. Muito divertido!